BORO (B)
A forma iônica absorvida pelas plantas é H3BO3.
O boro é um micronutriente essencial para a formação da parede celular e para os pontos de crescimento rápido dentro da planta, como as estruturas reprodutivas e no desenvolvimento de flores e frutos.
A deficiência de boro induz várias alterações metabólicas e sintomas visíveis de deficiência, como inibição do crescimento apical, necrose de gemas terminais, redução na expansão foliar, folhas quebradiças, abortamento de flores e queda de frutos.
Baixas concentrações de boro são encontradas em solos que:
– Têm baixa concentração de matéria orgânica
– São ácidos e arenosos
– Estão em áreas com alta umidade
A deficiência de boro é o segundo problema de deficiência de micronutrientes mais comum no mundo todo.
ZINCO (Zn)
Está presente em diversas rochas básicas e ácidas, em compostos como sulfetos, carbonatos, silicatos e fosfatos.
O zinco é fundamental para a síntese das proteínas, desenvolvimento das partes florais, produção de grãos e sementes e maturação precoce das plantas.
Sua deficiência afeta o crescimento de ramos e de folhas, havendo formação de internódios curtos (roseta), com o aparecimento de folhas miúdas na extremidade dos ramos, plantas raquíticas, áreas verde-claras entre as nervuras das folhas novas, largas faixas brancas em cada lado da nervura central do sorgo e do milho.
O zinco é um micronutriente essencial para o crescimento, desenvolvimento e reprodução das plantas.
MANGANÊS (Mn)
A forma iônica de absorção pelas plantas é Mn2+.
O Mn acelera a germinação e aumenta a resistência das plantas à seca, beneficiando o sistema radicular, é essencial à síntese de clorofila, atua como ativador de enzimas, realiza a fotólise da água.
A sua deficiência leva a diminuição da fotossíntese e da produtividade, o que acarreta no aparecimento de manchas cloróticas entre as nervuras das folhas superiores. A clorose fica generalizada quando a deficiência é acentuada.
MOLIBDÊNIO (Mo)
Ocorre como sulfeto ou na forma de óxidos.
A maior parte do molibdênio presente no solo está em formas oclusas, no interior de minerais primários e secundários. O intemperismo desses minerais libera íons molibdato, cuja solubilidade aumenta em condições alcalinas, contrariamente ao que se observa com os outros micronutrientes metálicos (Cu, Fe, Mn e Zn).
O Molibdênio é necessário para a síntese e ativação (funcionamento) da redutase do nitrato, uma enzima que reduz o nitrato na planta. É também exigido para a fixação simbiótica do Nitrogênio pelas bactérias que vivem nos nódulos das raízes das leguminosas.
Os sintomas de deficiência de Molibdênio consistem geralmente no amarelecimento das folhas e diminuição no crescimento. No caso das leguminosas, a falta de Mo provoca sintomas de deficiência de nitrogênio, pois diminui a fixação desse nutriente.
COBRE (Cu)
Ocorre associado ao enxofre na forma de sulfetos. A forma iônica absorvida pelas plantas é Cu2+.
O cobre participa de muitos processos fisiológicos como a fotossíntese, respiração, distribuição de carboidratos, redução e fixação de nitrogênio, metabolismo de proteínas e da parede celular, influência na permeabilidade dos vasos do xilema à água, controla a produção de DNA e de RNA e está envolvido em mecanismos de resistência a doenças.
A resistência de plantas à doenças fúngicas está relacionada com suprimento adequado de cobre.
Tem influência na uniformidade da florada e da frutificação e regula a umidade natural da planta, aumenta resistência à seca, é importante na formação de nós.
A sua deficiência severa inibe a reprodução das plantas (reduz a produção de sementes e o pólen é estéril).
FERRO (Fe)
O ferro ocorre nos solos na forma de óxidos primários como a hematita e magnetita. A forma iônica absorvida pelas plantas é Fe 2+.
O ferro é um componente de muitas enzimas associadas à transferência de energia, redução e fixação de nitrogênio e formação de lignina.
Sintomas de deficiência de Ferro aparecem primeiro nas folhas mais novas, na parte superior da planta, na ponta dos ramos (cacau, café, citros) ou na sua base porque ele não se transloca, isto é, permanece quase todo no órgão em que primeiro se acumulou.
Às vezes, a deficiência de Fe é difícil de ser identificada porque os efeitos podem ser mascarados pela deficiência de outro nutriente ou pelo desequilíbrio nutricional.